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1 de novembro de 2021

Léo Mello planeja abrir unidade da Cetro nos Estados Unidos

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Quem olha para o atual prédio da Cetro Máquinas, talvez nem acredite que há apenas 8 anos, a empresa começava como um pequeno escritório perto do Bauru Shopping, no qual o bauruense Leonardo de Mello vendia máquinas para embalar produtos, com a esposa e a com ajuda da mãe.

A única semelhança entre aquele período e hoje é a dedicação. No início, ele passava a madrugada testando as máquinas na garagem de casa e nas fábricas dos clientes, para conferir o produto na prática. Até hoje o empresário lembra de uma das suas primeiras ligações, para a Mezzani.

“Eles me deram uma grande oportunidade, me disseram para ir à fábrica demonstrar a máquina trabalhando com os produtos deles, abrindo, assim, as portas para que eu provasse a eficiência da máquina na prática, coisa que nenhuma outra marca fazia.

E isso foi um grande aprendizado que tive, pois entendi que era um processo natural de todos os clientes, querer ver a máquina funcionando com o seu produto, pois eles queriam assertividade na hora da compra, e depois disso minha abordagem mudou completamente. Ela limpinha é uma coisa. Dentro da produção, com outras pessoas trabalhando é diferente.”

Essa foi a primeira venda da Cetro e um dos fatores fundamentais para chegar aos mais de 250 funcionários.

Há 3 meses, Léo inaugurou uma nova sede em Bauru e lançou uma nova identidade. Uma mudança que representa o atual plano: aumentar a equipe para conseguir expandir para fora do Brasil. “Precisamos de pessoas interessadas, com muito gás, ideias novas e vontade de crescer”, enfatiza o empresário, dizendo que é aqui na cidade que eles buscam novos talentos.

Os principais setores da empresa, hoje, são: engenharia, comercial, atendimento, tecnologia e marketing (que engloba design, comunicação, endomarketing, produção audiovisual e fotografia).

Várias filiais 

Hoje, a empresa está em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A próxima localidade será o Recife e nos planos, para 2022, está abrir nos Estados Unidos.

Vídeos para o YouTube

Uma das chaves do sucesso para a Cetro foi o teste dos produtos dos clientes na prática, outra foi a comunicação. Quando tinha apenas dois funcionários em 2013, o Leonardo tinha dificuldade de estar presente para testar os produtos com todos os clientes e não tinha como contratar uma grande equipe de vendas.

A solução: postar conteúdo na internet. “Comecei a fazer vídeos no YouTube, mostrando, de casa, o funcionamento das máquinas. Quando eu conseguia ir em uma fábrica, eu filmava a máquina trabalhando. Nos vídeos, colocava o meu telefone e as pessoas começaram a me ligar”,conta.

A ideia dos vídeos era mostrar os benefícios para as empresas. “O empresário não sabe a máquina que precisa, mas sabe que ela precisa fechar o saquinho de polvilho”, exemplifica o empresário. “A máquina não é protagonista, é só uma solução. O protagonista é o produto do cliente”.

Produzir conteúdo audiovisual foi uma decisão que transformou a comunicação da Cetro na época e, até hoje, é uma das principais atividades da empresa.

A partir daquele momento, empresários pelo Brasil começaram a procurar o Leonardo. Nesse sentido, a loja online foi um segundo passo natural, com o intuito de elucidar as dúvidas de forma simples. Uma venda que costumava ser com representante comercial agora era facilitada pelo conteúdo digital.

Antes dos vídeos

Para as novas contratações, o Léo é o maior exemplo de como o esforço pode levar ao sucesso. Nascido em Bauru, ele largou a faculdade de medicina veterinária para se tornar vendedor autônomo, primeiramente como representante de uma loja de roupas para bebês e depois em uma empresa de máquinas para embalar.

Quando abriu a Cetro, a equipe era tão pequena que a mãe precisava ajudar, atendendo o telefone. “Se eu estivesse viajando, ela atendia alguns telefonemas e simulava ser uma secretária da empresa, anotando os números para eu retornar”, diz ele, compartilhando um momento curioso. “Uma vez ela estava no banco e deu um jeito de ir ao banheiro para atender o telefone sem barulho”.

Quando não recebia as ligações, ia atrás dos clientes. Antes dos vídeos, uma das táticas era checar a qualidade das embalagens nos supermercados. As que avaliava que podia melhorar, ele ligava e combinava um teste do produto. Foi um trabalho minucioso que contribuiu para o crescimento.

Na época, ele comprava de um fabricante estrangeiro apenas 5 modelos de máquinas por mês. Atualmente, trabalha em 3 turnos, customizando e expedindo máquinas para todos os cantos do Brasil. “Hoje a Cetro desenvolve projetos próprios, produzindo máquinas dentro dos padrões que nós já testamos, e sabemos que funciona para o mercado brasileiro”, conta Leonardo Mello.

Inclusive, vale destacar que a Cetro possui um setor de engenharia e de testes na matriz em Bauru. “É uma equipe para apoiar o cliente durante todo o processo. Nós prezamos muito por ter produtos de qualidade comprovada no mercado e de dar todo o apoio necessário para que o cliente tenha a melhor experiência possível e consiga resolver seus problemas de produção,” enfatiza o empresário.

Pequenas, médias e grandes empresas

A Cetro vende qualquer tipo de máquina para embalar produtos, incluindo selar, dosar, envasar, datar, encolher, encapsular e rotular e embalar a vácuo. Com mais de 600 máquinas no catálogo, a empresa consegue atender todo tipo de público, desde fabricantes da indústria farmacêutica ao pequeno empresário de um restaurante de marmitas ou o vendedor de geladinhos.

Com isso, ao mesmo tempo que recebe clientes como a Mondelez, se orgulha de ajudar os pequenos e médios empreendedores brasileiros.

Para Leonardo, criar opções mais baratas de máquinas para embalar são um ponto de partida para diversas empresas. “É como se a gente fosse um andador para um bebê aprendendo a andar. Nós colocamos ele de pé. Por isso, ampliar o número de empreendedores no Brasil é um objetivo nosso”, diz ele.

Dessa forma, a Cetro quer impulsionar o empreendedorismo. “Tem gente que consegue comprar um modelo de 35 mil de uma máquina que costuma custar 300 mil. Aí, com todo o suporte e manutenção, ele consegue começar o negócio”, finaliza, citando o exemplo de quem vendeu bolo de pote na pandemia e comprou máquinas na loja.

Aumentar a equipe

Além dos produtos, a empresa oferece também suporte técnico remoto e uma equipe para manutenção. As lojas localizadas nas três maiores cidades do país facilitam as entregas e oferecem espaços para testes práticos dos clientes.

Portanto, conseguir oferecer um atendimento rápido e competente e estar perto do cliente são motivos para o plano de expansão da Cetro, começando pelo Nordeste e pensando fora do Brasil.

O Leonardo já chegou a ir aos Estados Unidos neste ano para avaliar como abrir uma loja por lá no ano que vem. “Visitei Miami, Los Angeles e Houston, para conhecer as empresas do segmento. Eles são bem avançados, mas na parte digital ninguém faz o que a gente faz. Vi uma oportunidade de mercado”, diz ele.

Este é um plano que, para o empresário, só vai dar certo com uma equipe maior. Segundo Leonardo, o talento dos colaboradores será o motor que vai fazer da marca bauruense uma empresa global.

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