A Recente Confiança das Indústrias Brasileiras
O longo período de pandemia acabou agravando as incertezas das indústrias brasileiras em relação ao futuro; agora o cenário pode estar, a passos curtos, voltando ao otimismo
O país viveu cenários de incertezas ao conviver com quedas abruptas de setores durante a pandemia de covid-19 em 2020 e 2021. Estes dois anos causaram impacto em diversos setores da economia mundial e não seria diferente para os empresários ativos das indústrias brasileiras.
Apesar do período conturbado, a confiança destes setores parece estar ganhando forças em enxergar boas chances de crescimento ainda em 2022, como mostram alguns índices que acendem o termômetro para essa expectativa.
A segurança do empresário é anotada após o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apontar um otimismo em relação aos setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recolhendo dados de 2.251 empresas de pequeno, médio e grande porte no período de 2 a 10 de maio de 2022.
As informações variam entre alta e baixa confiança, com setores atingindo resultados acima de 50 pontos. O que mostra um aumento de confiabilidade do setor no mês de maio em relação ao mês anterior.
Resultados abaixo de 50 pontos resultam em baixa confiabilidade do empresário para o mercado, porém, pode haver aumento mesmo que o índice ainda esteja abaixo da pontuação média de confiança.
Esferas como Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (60,3 pontos), Biocombustíveis (60,2 pontos) e Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (60,1 pontos) são algumas das quais atingiram pontuações de confiança e consideradas mais disseminadas dentre as indústrias brasileiras.
Já os campos como Produtos de Borracha (50,6 pontos), Produtos de Limpeza, Perfumaria e Higiene Pessoal (52,2 pontos) e Produtos Têxteis (53 pontos) são, hoje, os setores com mais queda de confiança dentre os empresários com base nos estudos da pesquisa.
Apesar da “gangorra” envolvendo algumas divisões, o ICEI considerou, também, o índice em relação ao mesmo período do ano passado, a fim de mostrar uma variação de confiança nesses mesmos setores com pontuações elevadas.
O ramo de produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos, apesar de, hoje, estar entre as maiores pontuações com 60,1, teve uma queda de 0,6 se comparado a maio de 2021. Além disso, houve quedas abruptas de confiabilidade do empresário entre este mesmo período.
O setor de Produtos de Borracha, que já atingiu 59,4 pontos, teve queda considerável de 8,8 pontos, assim como a Metalurgia, antes uma das maiores pontuações com 63,4 pontos, caindo para 55,9 por exemplo.
Em relação ao porte das empresas, o ICEI destaca um equilíbrio de pontuação entre as pequenas, médias e grandes indústrias, constando 56,4, 57,3 e 56,6 pontos respectivamente. Apenas com uma pequena queda de 2 pontos entre as grandes se comparado a maio de 2021.
Além disso, o ICEI por região destaca mais um equilíbrio entre quedas e aumentos da pontuação de confiança do empresário nacional. A região norte caiu 1,6 pontos entre abril e maio deste.
Com isso, o Nordeste estabilizou, pelo segundo mês consecutivo, a pontuação de 57,1 pontos. O sudeste teve queda de apenas 0,3 e Sul e Centro-Oeste obtiveram aumento de 0,6 e 1,3 respectivamente.
As indústrias brasileiras estão fortes e confiantes para retomar a necessidade em garantir o bom período pré-pandemia, pesar de quedas e estagnações de algumas esferas das indústrias.
Há muita positividade, pois, nenhum ramo em questão esteve abaixo da linha dos 50 pontos, ou seja, o que leva a crer a boa relação de comércio que podemos aguardar após as incertezas do período pandêmico.
Confira aqui a tabela completa com os resultados setoriais da pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria.