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Conhecido como a realidade do futuro, o metaverso une o mundo real com o virtual; confira mais detalhes sobre essa tecnologia

Desde o último ano (2021), a imprensa especializada em tecnologia tem comentado muito sobre um assunto que vai impactar o mundo e a forma como as pessoas se relacionam: o metaverso.

Em um primeiro momento, pode parecer algo vindo de um filme de ficção científica, mas este novo tipo de interação entre físico e digital está caminhando para se tornar realidade nos próximos anos.

Portanto, neste artigo, você irá conhecer a origem do metaverso, suas representações na cultura e o que podemos esperar desta nova tecnologia, que promete ser muito mais imersiva do que está disponível hoje.

Qual a origem do metaverso?

A palavra “metaverso” pode parecer recente, mas ela surgiu quando a internet ainda engatinhava. Ela apareceu primeiramente no ano de 1992, dentro do livro “Snow Crash”, escrito pelo autor norte-americano Neal Stephenson.

A obra tem como personagem principal Hiro Protagonist, que ao entrar numa realidade alternativa chamada metaverso, torna-se um hacker cujo objetivo é combater um vírus de computador capaz de destruir tanto o metaverso quanto a realidade.

Em resumo: este livro fez muito sucesso, principalmente, para os fãs de universos alternativos e com temáticas cyberpunks. Inclusive, “Snow Crash” serviu de inspiração para o jogo on-line Second Life, lançado em 2003 pela empresa de tecnologia Linden Lab.

Na verdade, o Second Life é considerado um ambiente virtual de interação entre pessoas, apesar de ser chamado de jogo. Devido a isso, ele foi considerado muito avançado para sua época, uma vez que a internet, em 2003, estava começando a chegar em outros países.

Dentro do Second Life, não há uma missão ou objetivos específicos: o usuário cria um avatar e é livre para fazer o que quiser. As atividades dentro deste ambiente são muito variadas, como: trabalhar, construir uma casa e até formar uma família.

O Second Life voltou aos holofotes em 2020, devido ao isolamento social causado pela pandemia da Covid-19. Milhares de novos usuários se cadastraram na plataforma, tanto para socializar quanto para criar ambientes de trabalho.

Agora que você conhece os primórdios do metaverso, saiba a definição deste conceito.

Como podemos definir o metaverso?

mark zuckerberg, ceo do facebook, anunciando a mudança do nome da empresa para meta, em alusão ao metaverso
Em 2021, Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome de sua empresa de Facebook, Inc. para Meta, refletindo o maior foco da companhia no metaverso (Imagem: canal oficial da Meta no YouTube)

Atualmente, o metaverso pode ser definido como um universo virtual extremamente realista e parecido com o mundo real, no qual não será possível diferenciar os dois mundos.

As experiências dentro do metaverso serão sensoriais, como resumiu Mark Zuckerberg no final de 2021:

“As próximas plataformas e mídias serão ainda mais imersivas, uma internet palpável, onde estaremos na experiência, não só olhando para ela. E chamamos isso de metaverso”.

Complementando o dito, é importante saber que a palavra “meta” vem do grego, significando “além”. Assim,  a proposta do metaverso é ir além da realidade. Contudo, o nome varia de acordo com o que é adotado pelas empresas envolvidas em sua construção.

Enquanto que a Intel e a Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp) usam o nome metaverso, a NVIDIA (fabricante de placas de vídeo para computadores) utiliza outro termo, chamando-o de omniverso. No entanto, o nome definido como padrão, e, portanto, o mais utilizado é o metaverso.

Metaverso na ficção

Assim como tantas outras tecnologias, o metaverso também foi representado na ficção, mais precisamente no cinema. São exemplos:

Tron: Uma Odisseia Eletrônica (1982)

primeiro exemplo é o filme “Tron: Uma Odisseia Eletrônica”, lançado em 1982 pela Disney. A produção conta a história de Kevin Flynn, um engenheiro de software que tem seu projeto de videogame roubado por Ed Dillinger, um funcionário da empresa em que trabalha, a ENCOM.

Para provar o roubo, Kevin conta com a ajuda do programador Allan Bradley e sua namorada, Lora Baines, para invadir o sistema principal da ENCOM, chamado MCP.

Ao entrar em contato direto com o MCP, Flynn acaba sendo digitalizado e enviado para o universo virtual do sistema, onde os programas têm a aparência dos usuários (humanos) que criaram o sistema.

Preso dentro do metaverso do software da ENCOM, Flynn deverá usar seus conhecimentos de programador para escapar deste universo.

Tron ainda ganhou uma sequência, chamada “Tron: O Legado”, no ano de 2010.

Matrix (1999)

Considerado a maior referência sobre o metaverso na ficção, Matrix deu origem a outros três filmes, sendo o mais recente lançado em 2021.

O longa acompanha Thomas Anderson, um programador que invade sistemas e rouba informações sob o codinome Neo. Durante sua vida como hacker, Neo sempre tentou saber a resposta para a pergunta: “o que é a Matrix?”

A resposta vem após encontrar o suposto terrorista Morpheus, que oferece a Neo dois comprimidos simbolizando duas opções: ter a vida normal de sempre ou saber o que é a Matrix. Ao escolher a segunda opção, Neo descobre que “A Matrix” é uma realidade simulada.

Este metaverso se passa num futuro pós-apocalíptico comandado por máquinas que usam seres humanos como fonte de energia, enquanto estes têm uma vida aparentemente normal.

Neo, então, passa a lutar ao lado de uma resistência, que já se libertou do comando dessas máquinas, para salvar outras pessoas do domínio da Matrix.

Qual o estágio atual do metaverso?

Se você acredita que o metaverso de hoje está parecido com aquele dos filmes ou videogames, infelizmente o que se vê na ficção ainda está longe de ser realidade.

O metaverso em seu estado final ainda não está pronto e irá levar tempo até ele chegar neste estágio. Isso acontece devido as dificuldades de poder computacional encontradas nos equipamentos atuais.

O metaverso considerado “ideal” precisaria de muito mais capacidade tecnológica para suportar bilhões de pessoas conectadas simultaneamente.

Em uma declaração divulgada no dia 14 de dezembro de 2021, o vice-presidente sênior da Intel, Raja Koduri, explicou que o metaverso pode ser o próximo grande passo da internet, porém pontuou o seguinte:

“Mas uma computação persistente e imersiva, em larga escala e acessível a bilhões de pessoas em tempo real, precisa de muito mais. Na verdade, precisamos aumentar a eficiência computacional do estado da arte atual em mil vezes.”

Além disso, será necessário que o metaverso tenha um software para gerenciar tudo o que acontece neste mundo on-line. Outro fator é que apenas uma empresa não será capaz de conduzir o metaverso, sendo importante que outras empresas contribuam para isso. Ou seja, o metaverso precisa ser colaborativo.

Algumas companhias de tecnologia já estão trabalhando nisso, como a Intel e sua plataforma de padrão aberto chamada oneAPI. Por outro lado, certas empresas estão montando seus metaversos aos poucos, voltados para o trabalho e utilizando a tecnologia atual.

Um exemplo é o Omniverse da NVIDIA, que funciona em parceria com gigantes como Adobe, Autodesk, Blender, Daz3D, Epic Games, Pixar, dentre outras. Os colaboradores trabalham juntos dentro do Omniverse em projetos de simulações realistas e design 3D, tudo em tempo real. Para isso, são usados efeitos de física realista, renderizações fotorrealistas e inteligência artificial.

Confira no vídeo abaixo como o Omniverse funciona:

Afinal, o metaverso é possível?

Por fim, pode-se dizer que transformar o metaverso em realidade é uma possibilidade, mas a longo prazo. Isso porque a tecnologia precisa evoluir a ponto de poder processar muitas informações e cálculos ao mesmo tempo.

Para ser mais exato, essa evolução de processamento e cálculos deve chegar à escala Zetta, que corresponde a um trilhão de gigabytes. Essa escala, segundo a Intel, poderá ser atingida em 2027 ou em até mais de uma década.

Ou seja, existe um longo caminho até que o metaverso chegue a fase correta, correspondendo às expectativas.

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