Empreendimentos que resistem à crise por Léo Mello, fundador e CEO da Cetro Máquinas
“Você tem que viver o risco. Ficar calculando é importante, mas o tempo que eu gastaria pensando e planejando, eu uso fazendo” – Léo Mello, CEO da Cetro Máquinas.
Com mais de 10 anos de atuação no mercado, o empresário Leonardo Mello, mas conhecido como Léo Mello ou Léo da Cetro, investe alto na empresa Cetro Máquinas com sede própria na cidade de Bauru-SP.
Leonardo Mello, 30 anos e proprietário da Cetro Máquinas, desde que começou a trabalhar no mercado teve a visão de onde gostaria de chegar e não mediu esforços para alcançar o posto de maior empresa de máquinas para embalagem do Brasil.
Confira como foi a entrevista do Léo Mello, CEO da Cetro, para a Revista The Winners.
Afinal, como tudo começou?
Aos 19 anos, Léo Mello trabalhava como representante comercial.
Vendia peças de vestuário infantil ao deixar a faculdade de Medicina Veterinária, após dois anos de estudo.
Léo Mello atuava em uma empresa que importava máquinas como o segundo negócio e ganhava uma comissão pelas vendas. “Queria ganhar dinheiro, crescer, realizar meus sonhos”, lembra.
Ele é um exemplo de pessoa que nasceu com espírito de liderança colaborativa.
Assim, apostou em um modelo de gerenciamento que resultou no crescimento do negócio em pouco tempo e aumento de vendas em um cenário de crise para muitos.
Tudo isso por conta da visão estratégia e muito estudo, dedicação e confiança.
E foi com esse pensamento que o Léo Mello enxergou a oportunidade de mudar completamente de vida e colocou a ideia em prática.
Uma característica nata de um bom empreendedor
Como foi a sua jornada até aqui?
Léo resolveu levar uma máquina para casa para estudar a estrutura do equipamento e o funcionamento.
“Eu não tinha conhecimento técnico. Não foi simples. Queimei minha mão durante uma das análises de máquina e isso fez com que eu percebesse que precisava fazer algo diferente nesse equipamento para que as pessoas que fossem trabalhar com ele não se machucassem”, pontua.
Léo Mello lembra do início: “Comecei sozinho. Era eu, minha esposa e um funcionário. Se a pessoa fosse me visitar, ela não teria confiança para investir comigo pela falta de estrutura”.
Mas foi aí que começou o ponto-chave de toda a trajetória de sucesso.
O empresário usou a internet para pesquisar mais sobre essa máquina em sites estrangeiros, mesmo sem saber falar o idioma. Nesse início Léo Mello importava as máquinas feitas na China.
Porém, muitas vezes, por questões estruturais, elas não funcionavam conforme a realidade brasileira.
Por isso começou a estudar mais e fazer as adaptações.
Léo complementa: “O cliente vem atrás do sonho dele e não especificamente da máquina”.
Além disso, lembra que foi quem criou os termos de pesquisa a respeito no mercado, já que esses detalhamentos ainda não eram familiares.
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Como foi empreender nesse mercado?
Contudo, a compreensão da máquina ajudou a passar mais credibilidade perante o produto para os clientes e permitiu alcançar o sucesso: “Um dia eu parei de ganhar comissão. Comecei a comprar e revender”, conta.
E assim nasceu a Cetro Máquinas para Embalagens.
A internet foi a forma que ele encontrou de demonstrar o conhecimento e abrir portas no mercado.
“Fiz um site diferenciado e apostei na minha facilidade de gravar vídeos para que o cliente entendesse o funcionamento da máquina. Com isso, eu consegui vender uma imagem daquilo que eu sabia que me tornaria”, conclui.
Dessa forma, passou a estudar as normas de segurança e aplicou adequações na máquina para que fosse segura e eficaz.
O empresário começou então as vendas das máquinas pela internet em 2013. “Eu não tinha condição financeira de vender várias máquinas. Comecei com uma pequena, que era barata. Comecei a vender na primeira semana que o site estava no ar”, relembra.
Portanto, o pensamento desenvolveu no empresário convicção de que a forma como vende, utilizando a comunicação, o detalhamentos dos produtos em forma de vídeo, faz toda a diferença para a efetivação da venda.
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Qual o seu papel na empresa hoje?
Léo Mello valoriza muito aqueles que acreditam no trabalho de sua empresa.
Além dos clientes, os colaboradores, para o gestor, são fundamentais para o desenvolvimento da companhia.
E o estilo de gerenciamento foi o que o tornou um empresário de sucesso, mesmo sendo tão jovem.
Uma das premissas do CEO é a humanização e o pertencimento, por isso prioriza o diálogo direto e frequente com os profissionais.
Léo diz fazer questão de compartilhar as ideias que têm com as lideranças da empresa e com os demais colaboradores. “A minha empresa nasceu de um jeito genuíno. É como se fosse um filho. Eu não trabalho apenas pelo ganho financeiro. “
A paixão pela empresa acaba sendo transferida também para os funcionários.
“Eu gosto de ficar perto dos profissionais, mas de forma natural, participando de tudo para que os colaboradores compreendam as minhas ideias e tornem o processo mais eficaz.”
A proximidade com todos torna o entendimento das atividades e procedimentos mais claros. “Eu prefiro estar perto para que a mensagem seja mais direta, do que repassar para outro profissional até chegar àquele que tem que exercer determinado papel.”
Além disso, o CEO se considera mais do que apenas um chefe. “Me considero muito mais um participante da equipe do que um patrão”, afirma.
E para que esse processo funcionasse da maneira mais produtiva possível, Léo Mello, no último ano, desenvolveu, com uma empresa especializada, um organograma da Cetro.
“As equipes começaram a ser divididas por segmento e foram definidos os gestores de cada setor. Trouxemos pessoas de fora para criar essa organização e deu certo”, conta Léo.
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Quais foram os desafios enfrentados pela pandemia?
A pandemia foi um divisor de águas para muitos empreendedores.
Mas, apesar de ter noção do cenário que enfrentaria, o empresário teve uma ideia que trouxe excelentes frutos: investiu em uma máquina de envase de álcool em gel.
Dessa forma, a demanda foi tanta que a empresa deu um salto de 80 funcionários em 2020 para mais de 200 colaboradores atualmente.
Léo recorda terem máquinas no estoque para atender a essa demanda e que precisou reforçar a equipe em quantidade para dar conta das necessidades dos clientes.
“A pandemia não mudou os nossos planos. Muito pelo contrário. A Cetro cresceu e de forma a contribuir com o combate da pandemia”, diz.
Há planos de expansão?
A Cetro está localizada em Bauru, interior de São Paulo, em uma cidade com mais de 350 mil habitantes e é um polo industrial em desenvolvimento.
Além de Bauru, a empresa possui filiais em São Paulo, capital, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte e planos para instalar uma filial em Recife.
Em Bauru é feita toda a parte de logística, onde ocorre o recebimento das mercadorias no centro de distribuição. É por lá que é feito o despacho para o cliente final e das filiais.
E a Cetro tem outros projetos de expansão.
Uma nova sede está sendo construída em Bauru com um investimento de cerca de 6 milhões de reais.
“Todas as mercadorias serão verticalizadas. A nova sede terá quatro vezes a capacidade de armazenamento atual e de movimentação de carga”.
Já consolidado no mercado nacional, Léo Mello estuda investimentos no exterior.
Segundo o empresário, os fornecedores que o atendem visualizaram o crescimento expressivo da companhia e o questionaram sobre a possível atuação no mercado externo.
A ideia é solidificar esse plano para os próximos anos.
Quer ler a entrevista completa do Fundador e CEO da Cetro Máquinas? Acesse o site da The Winners.
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