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O patamar de investimento alto volta lentamente; pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) levantou dados sobre os investimentos das grandes indústrias de transformação no mercado. 

Esta consulta, que contou com 380 empresas de grande porte, apontou que as grandes indústrias investiram em setores como aquisição de máquinas ou equipamentos novos, manutenção, atualização, modernização ou aquisição de novas plantas, fábricas, armazém etc. 

Vale lembrar que a pesquisa relaciona a capacidade de investimento das indústrias de transformação, relacionando-as com as atividades de produção de elementos com direcionamento às empresas de diversos segmentos. 

O que é Indústria de Transformação? 

Entende-se como indústria de transformação o conglomerado de grandes indústrias que utilizam sistemas que transformam um elemento em outro. Desta maneira, matérias primas são transformadas em bens com uso em seu estado final ou como base para obtenção de outros produtos. 

Estes elementos são insumos produzidos em setores de produção, como: atividades agrícolas, mineração, pesca, florestais, maquinários e tudo que pode ser utilizado para agregar a outras atividades industriais.

Grandes Industrias
Indústria de Transformação converte matéria-prima em insumos e materiais (Reprodução/Google Imagens | Créditos: ShutterStock)

A transformação de insumos e materiais são efetuadas a partir de atividades de transformação químicas, físicas e biológica de materiais, substâncias e componentes. 

Algumas indústrias de transformação, cujo papel principal para o funcionamento contínuo é a obtenção de recursos, são: indústrias de máquinas e ferramentas, as quais utilizam aço e ferro para produções; de bens de consumo como automóveis e roupas; agroindústria com manipulação de cana para adquirir açúcar, entre outras. 

A celulose, matéria-prima da indústria de papel, é um exemplo de recurso  tanto para a indústria que fabrica o papel em si, como para execução de fabricação de cadernos e livros por exemplo. 

Atividades industriais manufatureiras, como bebidas, fumo, têxtil, metalurgia, informática, alimentos, eletrônicos, calçados etc., sempre estarão envolvidas com a indústria de transformação. Não é uma regra, mas é pouco provável que estas atividades não compactuem com os elementos e derivados. 

Destas grandes empresas, cerca de 79% realizaram um ou mais tipos de investimentos em 2021, atingindo a maior marca desde 2014 quando a percentual alcançou 81%. Os investimentos planejados também tiveram alta atingindo 62%. 

Planejamento das Grandes Indústrias

Entende-se como planejamento de investimento a meta do empresário em concluir suas investidas no mercado afim de renovar com afinco sua capacidade de produção ou aderir novos equipamentos, tecnologias e atributos para melhoria da empresa. 

O planejamento de investimento é visto com otimismo, ainda que esta etapa teve percentual de 48% de conclusão em 2020, ou seja, menos da metade do planejamento. A pandemia de covid-19 pode ter contribuído para que este percentual tenha caído abruptamente neste período. 

Atribuído ao planejamento das indústrias em 2021, as frustrações dos planos acontecem por motivos variados. O aumento dos custos de insumos esteve no topo da lista das razões para o insucesso nos investimentos, sendo que 36% dos empresários admitem o problema. 

Talvez este seja o principal motivo do qual as empresas recorreram a recursos próprios para investimentos ao longo do ano.

Grandes Indústrias
Planejamento em 2021 atingiu 62%. Em 2016 esta marca já chegou a 40% (Reprodução: Arquivo Cetro Máquinas | Créditos: Comunicação)

Os cinco principais motivos de frustrações pela falta de investimento no ano passado, são: Aumento do Custo de Insumos (31%), Incertezas do Contexto Econômico (23%), Queda de Receita (12%), Expectativa de Baixa de Demandas (11%) e Incertezas do Contexto Político (5%). 

Setores Mais Visados

A melhoria de seções essenciais dentro das indústrias, como novas máquinas, tecnologias, manutenção etc., atingiu boas proporções em 2021. Ao todo, 75% informaram à pesquisa do CNI que adquiriram novas máquinas e equipamentos para produções. 

Apesar de boas atualizações no mercado, a capacitação pessoal aparece em 4º lugar com 34% de investimento por parte dos empresários, veja: 

  • Aquisição de Máquinas ou Novos Equipamentos – (75%) 
  • Manutenção Atualização de Máquinas ou Equipamentos – (68%) 
  • Construção/Manutenção/Modernização ou Aquisição de Instalação (Planta, Fábrica, Armazém, Depósito etc.) – (67%) 
  • Capacitação Pessoal – (34%) 
  • Pesquisa e Desenvolvimento – (30%) 
  • Melhoria de Gestão do Negócio – (24%) 
  • Compra de Máquinas ou Equipamentos Usados – (14%) 
  • Outros – (1%) 

As Incertezas de 2022

Diante de um cenário ainda em retomada, as incertezas das indústrias criam expectativas moderadas em empresários. O indicador de 0 a 100 pontos do índice de confiança dos empresários se mantém em 57,8 pontos em relação ao mês passado (junho), assim como mostrado anteriormente em nossa matéria sobre Índices de Produção Industrial. 

Grandes Indústrias
Percentuais seguem instáveis, mas empresários seguem investindo visando um futuro mais promissor (Reprodução: Google Imagens | Créditos: Getty Images/iStockphoto)

As expectativas de melhora também continuam praticamente instáveis com uma leve variação de 0,1 ponto, no entanto, hoje, atinge 61,1 ponto. Os dados levam em consideração o otimismo do empresário de modo que índices acima de 50 pontos são muito positivos. 

Porém, o percentual de intenção de investimentos das grandes indústrias regrediu de 79% para 75% em 2022. O processo de aumento da capacidade de produção deixou de ser prioridade e deu espaço para manutenção da capacidade produtiva.

Em 2021, a intenção de investimento com foco na manutenção do potencial produtivo era de 15%, hoje, já está em 27%. Já o investimento para acrescer o potencial de produção reduziu de 33% para 25%. 

Planejamento em Queda e Aumento dos Insumos

O ano parece ser atípico. Afinal, após dois anos de isolamento e um cenário político conturbado internamente e internacionalmente, os investimentos planejados apresentam variações em comparação ao ano que antecede. 

As alterações são consideráveis de modo que podem condizer com o momento atual brasileiro. Ainda no topo, a aquisição de novas máquinas e equipamentos segue como principal objetivo de investimento planejado na indústria com 61%. 

A capacitação pessoal, principal processo para ganhos em organização, produtividade e aprimoramento da qualidade de trabalho segue na mesma posição, mas com queda de 34% para 27%, veja: 

  • Aquisição de Máquinas ou Novos Equipamentos – (61%) 
  • Construção/Manutenção/Modernização ou Aquisição de Instalação (Planta, Fábrica, Armazém, Depósito etc.) – (58%) 
  • Manutenção Atualização de Máquinas ou Equipamentos – (51%) 
  • Capacitação Pessoal – (27%) 
  • Pesquisa e Desenvolvimento – (24%) 
  • Melhoria de Gestão do Negócio – (22%) 
  • Compra de Máquinas ou Equipamentos Usados – (13%) 

Os insumos continuam sendo a principal barreira para qual os empresários tendem a não investir com mais constância. Antes em 36% das respostas sobre frustrações nos investimentos, este mesmo incômodo, hoje, marcou 31%. 

Vale destacar que, dentre as decepções para estas incertezas de investimentos, o contexto econômico atual foi o que mais irritou os investidores, alcançando a marca de 23%, e, assim, é considerado o principal motivo de frustração para 2022. 

Apesar das dúvidas e problemáticas, a tendência é de melhora e, ao que tudo indica, a 10ª maior economia do mundo está voltando a uma crescente volátil, devido às limitações presentes e políticas um tanto quanto inconsistentes. 

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