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19 de dezembro de 2022

Fruticultura Brasileira: desafios e inovações

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Mesmo sendo o terceiro maior produtor de frutas do mundo, é preciso mais inovação para quebrar novos recordes.

O Brasil, mesmo sendo o terceiro maior produtor mundial de frutas, exporta pouco perto da quantidade produzida anualmente. Entretanto, nas lavouras brasileiras, há uma valorização da fruticultura muito grande, graças a quantidade de terras produtivas do país. Além das boas condições climáticas que colaboram para a grande diversidade de frutas no ano. Como as conhecidas mundialmente: laranja, banana, melão e manga; e as originárias: jabuticaba, açaí, graviola e outras.

Baseando-se nos três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental; a produção brasileira de frutas já ultrapassou 41 milhões de toneladas. Com 2,6 milhões de hectares espalhados pelo território, o setor abrange quase 950 mil estabelecimentos agropecuários. Destes, mais de 80% de agricultura familiar.

Com potencial para ampliar as produções e participar mais ativamente do cenário global, a cesta, que compõe cerca de 40 tipos de frutas, alcançou mais de US$ 1,07 bilhão em 2021. Sete tipos de frutas compõem, hoje, mais de 80% do faturamento dos setores do mercado internacional, são elas: manga, uva, melão, limão, maçã, melancia e mamão. Dentre os principais destinos das frutas brasileiras, estão:

• União Europeia – 52,6%
• Reino Unido – 15,7%
• Estados Unidos – 12,8%

Regiões, características e inovações

O Sudeste é líder na produção de frutas, com 51% da produção nacional. Devido, principalmente, as microrregiões que permitem o cultivo de frutas temperadas e tropicais pelo clima e relevo favoráveis. Além disso, o Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais colocam o Brasil como o maior produtor (61%) e exportador (72%) de suco de laranja do mundo.

Um exemplo de eficiência, a produção de abacate no triângulo mineiro cresceu 79% nos últimos cinco anos, com a estratégia de redestinação de frutos. Ou seja, para aproveitar melhor a produção, diversificar a renda e ampliar a oferta de empregos. A região produz azeite com os produtos que não se enquadram nas demandas do mercado in natura.

Já a região sul, composta por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, produz cerca de 12% das frutas de clima temperado no país. Sendo maça, uva, pêssego e ameixa as produções mais acentuadas durante o inverno. Cerca de 96% da uva industrial, destinadas à produção de bebidas (sucos, vinhos e espumantes), são produzidas nesta região com estruturas robustas e modernas.

A revolução produtiva do norte e nordeste

O Nordeste está em 2º lugar como principal produtor de frutas do país, responsável por cerca de 24% da produção. Os estados da Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão que agrupam a Zona Intertropical de clima árido. Com o desenvolvimento de alternativas e estratégias para a realidade da região, tornam-se líderes em inovação tecnológica em fruticultura. Apesar de não apresentarem condições favoráveis para o cultivo.

Juazeiro – BA e Petrolina – PE ajudaram a revolucionar a produção de uva na região do país com inovações tecnológicas, permitindo a evolução da cultura. Antes originária na região sul com cultivares adaptados ao clima tropical, hoje, o Vale do São Francisco produz 62% da uva de mesa nacional. Assim como cerca de 61% da produção de manga no país.

Outro exemplo é a cidade de Mossoró – RN, um polo de fruticultura irrigada, composta por solo arenoso e fonte subterrâneo de água salina. Condicionado pelo controle de salinidade e condutividade elétrica para irrigação. Com os crescentes estudos sobre adaptação de culturas às condições da região. Hoje, ela é responsável por quase metade da produção de melão nacional e 12% da produção de melancia.

O Norte e o Centro-oeste, apesar de representarem 52% do território nacional (mais de 440 milhões de hectares), geram juntos cerca de 13% da produção de frutas. Guaraná, cupuaçu, açaí, cacau e castanha do Brasil, por exemplo, são frutos originários destas duas regiões.

A castanha do Brasil, muito comum na região norte, vem sendo introduzida à dieta do brasileiro pelo seu alto teor nutricional. Além de ser utilizada para o reflorestamento do Bioma Amazônico. Já o Pará produz 94% do açaí, fruto muito característico da região, com mais de 1,5 milhão de toneladas anuais.

Comparativo

Dados referentes ao 1º semestre de 2021 e 2022 mostram a valorização das frutas de produção nacional. (Créditos/divulgação: Abrafrutas)

Na tabela do comparativo semestral de exportação de frutas da Associação Brasileira dos Produtores Expositores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). É possível ver a variação de valores entre os principais tipos de frutas exportadas pelo Brasil, assim como as quantidades em peso.

Ainda que com valores baixos, pouco consumo e baixa exportação, o pêssego brasileiro é a fruta com maior variação, tanto em valor quanto em peso exportado. Dentre as frutas de maior produção nacional, manga, maçã e uva seguem em ritmo de alta demanda, principalmente para a Europa. Porém, em comparação ao 1º semestre de 2021, estes três frutos obtiveram variações abaixo do esperado, principalmente a maçã com porcentagens negativas de valor e peso.

O limão apresentou uma melhora dentre os semestres, com bons números, variação positiva e boas expectativas para o próximo ano. Do mesmo modo, a melancia brasileira está cada vez mais valorizada no mercado internacional, visto a crescente demanda de acordo com os valores da tabela.

Apesar de grandes variações, o Brasil exporta apenas cerca de 3% do que é produzido, uma pequena parcela dos números recordes do terceiro maior produtor mundial. Dentre o ranking dos maiores exportadores, o país está na 24º colocação, mas com potencial crescente pelo investimento em produção anual. Visto que o período da colheita em território nacional tem duração para todo o ano.

Grandes desafios

As etapas para a inovação no Setor Frutífero são extremamente importantes para enfrentar os desafios diários da produção brasileira. De acordo com o pesquisador e Chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas – BA, em reunião virtual da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura.

Os desafios vão desde mecanização, trabalhos com frutas nativas, eficiência de irrigação e estresses abióticos a questões relacionadas à pragas e doenças. Segundo o pesquisador, algumas metas de pesquisas, desenvolvimento e inovação são pontos-chave para o maior desenvolvimento da fruticultura nacional. Como:  competitividade e sustentabilidade; recursos naturais; agregação de valor; biomassa, resíduos, bioinsumos e energia renovável; enfrentamento de mudanças climáticas; agricultura digital e de precisão.

Outro desafio está no consumo de frutas por parte dos brasileiros. Afinal, consumimos apenas 57 kg por ano, muito distante dos 147 kg recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Além disso, a concentração dos destinos das exportações pode ser um problema.

A União Europeia, por exemplo, recebe mais de 50% das frutas brasileiras. Caso ocorra algum problema envolvendo os países da união, metade das exportações poderiam ser afetadas. Assim, a abertura de novos mercados é uma alternativa para a ramificação de negócios e distribuição das frutas brasileiras.

Inovar para gerar emprego

A Fruticultura Brasileira gera, hoje, cinco milhões de empregos, correspondendo a cerca de 16% da mão de obra de todo o Agronegócio, segundo a Abrafrutas. Em 2021, a atividade frutícola gerou cerca de 194 mil trabalhadores formais. Número expressivo que vem crescendo devido as ações tecnológicas implantadas em lavouras, com o intuito de produzir milhões de toneladas de forma assertiva e com menos desperdícios.

O Mercado Frutífero Brasileiro é desenvolvido através do empenho de instituições de pesquisa, assistência técnica e produção rural. Além de diversos outros meios públicos e privados diretamente ligados ao avanço tecnológico e socioeconômico do setor.

Com unidades especializadas em fruticultura na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Petrolina – PE. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estabelece a promoção de grandes inovações tecnológicas para o maior avanço do mercado.

Com foco na defesa dos interesses dos produtores rurais, formação profissional rural e pesquisas na área social e no agronegócio. O CNA/SENAR é outro exemplo de atuação no desenvolvimento tecnológico do setor.

Já o Centro de Excelência em Fruticultura do sistema SENAR atua diretamente na profissionalização, qualificando de mão de obra e desenvolvimento de técnicas de produção inovadoras.

Mais de 6 mil fruticultores já participaram dos cursos ofertados na região Juazeiro – BA. Além dos mais de 13 mil produtores atendidos pelo Senar ATeG (Assistência Técnica e Gerencial), com o acompanhamento dos produtores durante o período de produção.

Setor cada vez mais inovador

Cada vez mais presente em novos mercados, a produção de frutas brasileiras vem alcançando novos patamares com alta demanda e reconhecimento mundial. A fruticultura nacional preserva os recursos naturais, valoriza a terra e não perde a característica de um alimento saudável e saboroso. Incorporando tecnologia, inovação e legados que geram mais nutrição e aumento de renda.

O objetivo é evoluir com o desenvolvimento e a adaptação de sensores, máquinas e processos voltados para reduzir a dependência da mão de obra de baixa ou escassa qualificação. Reduzindo o custo de produção atual e qualificando os postos de trabalho com operadores cada vez mais capacitados, para um processo mais eficiente e econômico.

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